1ª Troca Grátis
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Nome estampas

Você sabia que todas as estampas da Zkaya recebem o nome de pessoas negras influentes no Brasil ou no mundo? Conheça as histórias dessas pessoas incríveis e inspiradoras!

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ALI

Muhammad Ali, lenda do boxe e ícone do orgulho racial. Profissionalmente, foram 61 combates, dos quais 19 foram defendendo título mundial. Foi uma das grandes vozes pelos direitos civis, seu talento e inteligência extrapolaram os ringues.

Considerado um dos maiores lutadores de boxe de todos os tempos, Muhammad Ali rompeu as fronteiras do esporte e tornou-se símbolo de resistência à Guerra do Vietnã, luta por direitos humanos, combate ao racismo e paz. Nascido Cassius Marcellus Clay Júnior, em 17 de janeiro de 1942. Mas vamos chamá-lo pelo nome que ele escolheu, afinal: “Cassius Clay é o nome de um escravo. Não foi escolhido por mim. Eu não o queria. Eu sou Muhammad Ali, um homem livre.”

Muhammad Ali tornou-se uma das principais lideranças contra o racismo nos Estados Unidos, na verdade sua popularidade só aumentou e ele passou a viajar o país e o mundo defendendo as questões raciais, os pobres, muçulmanos e denunciando um sistema racista e excludente.

A voz de Ali só ecoou e acabou virando um ícone de orgulho racial e da geração da contracultura durante o Movimento dos Direitos Civis dos anos de 1960. Ele se tornou um porta-voz da igualdade racial, e é nesse período que começou a aproximação com Malcom X, um dos maiores líderes do movimento negro norte-americano. Na época, a segregação racial norte-americana dividia a sociedade, principalmente nos estados sulistas do país.

Em 1998, Ali foi nomeado Mensageiro da Paz da Organização das Nações Unidas (ONU) e viajou o mundo apoiando crianças e civis vítimas de conflitos e promovendo a reconciliação entre pessoas e nações. Antes disso, em 1970, esteve na ONU em campanha contra o apartheid e a injustiça racial.

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ANASTÁCIA

Ela é considerada uma das mais importantes figuras femininas da história negra brasileira, cultuada como uma Santa no Brasil e alguns países africanos.

A existência de Anastácia é colocada em dúvida por alguns historiadores, e sua história se diverge nos mais diversos relatos.

No imaginário popular, era uma mulher que sua beleza, e a sua juventude não passava despercebida.

Resistiu ao assédio e violência sexual do seu senhor, com o objetivo de se manter virgem, e por isso foi estuprada e espancada, como castigo pela resistência, foi sentenciada a usar uma máscara de ferro por toda a vida, que só era retirada na hora de se alimentar. Suportou por anos a violência dos espancamentos, que só terminariam em sua morte.

Sua resistência diante da dor e dos maus tratos sofridos acabou por incentivar outros negros escravizados.

Anastácia é símbolo de luta, e resistência.

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AQUALTUNE

AQUALTUNE era princesa africana, filha do rei Mani-Kongo, liderou 10 mil pessoas na Batalha da Ambuíla, contra as forças angolanas e portuguesas pelo controle do território de Dembos, que separava Angola e Congo.

A resistência não foi capaz de frear os angolanos e os interesses portugueses, seu reino foi derrotado, e seu pai decapitado.

Aqualtune foi vendida à senhores de escravos brasileiros junto de seus compatriotas.

Uma vez no Brasil, em Recife, foi vendida como escrava reprodutora para uma fazenda em Porto Calvo no Pernambuco, onde foi estuprada para dar origem a novos cativos de acordo com os interesses dos senhores de escravos.

Ao ouvir falar da resistência negra no Brasil, constituída em quilombos, não perdeu tempo e junto de outros escravos lutou pela liberdade e fugiu da fazenda em que estava aprisionada.

Mesmo no Brasil, a fama de Aqualtune entre a população negra era grande. Seu passado e sua realeza foram importantes para que em Palmares ela logo assumisse novamente uma posição de liderança. A partir das tradições de sua cultura, comandou o maior Quilombo da história brasileira.

Com o passar dos anos tornou-se mãe. Seu filho e herdeiro veio a ser conhecido como Ganga Zumba. Tempos depois tornou-se avó. E seu neto era nada mais nada menos que Zumbi do Palmares.

A data de sua morte e o fim de sua vida são incertos. Relatos apontam que aconteceu depois de anos como forte liderança da resistência negra local. Há quem diga que morreu durante uma emboscada paulista para destruir o Quilombo dos Palmares, durante um incêndio. Outras teorias afirmam que ela teria fugido e vivido seus últimos dias de vida em paz em outra comunidade.

Aqualtune é história viva, simbolizou liderança e luta.

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ARAÚJO

Taís Bianca Gama de Araújo Ramos atriz, apresentadora, jornalista e carioca, Taís Araújo tornou-se um dos nomes mais amados das telas e palcos brasileiros.

Na televisão acumula 12 novelas sendo premiada por 9. Sua estreia na televisão foi em 1995, com a novela 'Xica da Silva', no ano seguinte, ela se tornou conhecida em todo o Brasil e internacionalmente, pois a novela foi um sucesso mundo afora.

Taís Araújo foi uma das primeiras mulheres negras a protagonizar tramas na teledramaturgia no Brasil, com apenas 17 anos.

Ativista na luta contra o racismo, a atriz não só verbaliza na vida, no teatro, e na televisão, como representa na própria imagem, na pele literalmente, questões fundamentais e urgentes. Desde 2016, Taís Araújo vem colaborando com o mandato da ONU Mulheres, especialmente na visibilidade das mulheres negras.

Taís é potente, e é um orgulho para nós termos umas de nossas estampas batizadas em seu nome.

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ASSIS

Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908) o Machado de Assis é considerado o maior escritor negro de todos os tempos.

Escreveu em praticamente todos os gêneros literários, sendo poeta, romancista, cronista, dramaturgo, contista, folhetinista, jornalista e crítico literário.

Testemunhou a Abolição da escravatura e a mudança política no país quando a República substituiu o Império, além das mais diversas reviravoltas pelo mundo em finais do século XIX e início do XX, tendo sido grande comentador e relator dos eventos político-sociais de sua época.

Nascido no Morro do Livramento, Rio de Janeiro, mestiço, de uma família pobre, mal estudou em escolas públicas e nunca frequentou universidade.

Os biógrafos notam que, interessado pela boemia e pela corte, lutou para subir socialmente abastecendo-se de superioridade intelectual e da cultura da capital.

Para isso, assumiu diversos cargos públicos, passando pelo Ministério da Agricultura, do Comércio e das Obras Públicas, e conseguindo precoce notoriedade em jornais onde publicava suas primeiras poesias e crônicas. Em sua maturidade, reunido a colegas próximos, fundou e foi o primeiro presidente unânime da Academia Brasileira de Letras.

Sua obra foi de fundamental importância para as escolas literárias brasileiras do século XIX e do século XX e surge nos dias de hoje como de grande interesse acadêmico e público.

Hoje em dia, por sua inovação literária e por sua audácia em temas sociais e precoces, é considerado um dos grandes gênios da história da literatura, ao lado de autores como Dante, Shakespeare e Camões.

É homenageado pelo principal prêmio literário brasileiro, o Prêmio Machado de Assis.

Machado de Assis é inspiração.

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BARBOSA

Joaquim Benedito Barbosa Gomes é um jurista e ex-magistrado brasileiro. Foi ministro do Supremo Tribunal Federal e atualmente é advogado.

Formado em Direito pela Universidade de Brasília, especializou-se em Direito e Estado. Também é mestre e doutor em Direito Público pela Universidade de Paris II. Foi membro do Ministério Público Federal de 1984 até 2003, quando foi indicado para o Supremo Tribunal Federal.

Em 2013, foi eleito pela Revista Time como uma das cem pessoas mais influentes do mundo e incluído pela BBC Brasil em uma lista de 10 brasileiros que foram notícia no mundo naquele ano.

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BARRETO

Afonso Henriques de Lima Barreto, mais conhecido como Lima Barreto, foi um jornalista e escritor brasileiro, que publicou romances, sátiras, contos, crônicas e uma vasta obra em periódicos.

A maior parte de sua obra foi descoberta e publicada em livro após sua morte por meio do esforço de Francisco de Assis Barbosa e outros pesquisadores, levando-o a ser considerado um dos mais importantes escritores brasileiros.

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BARROS

Antonieta de Barros foi uma jornalista, professora e política brasileira.

Nascida em Florianópolis, foi a primeira negra brasileira a assumir um mandato popular, tendo sido pioneira e inspiração para o movimento negro, apesar de um grande apagamento de sua história, que vem sendo retomada aos poucos.

Tendo contribuído no parlamento, na empresa e no magistério, foi uma ativa defensora da emancipação feminina, de uma educação de qualidade para todos e pelo reconhecimento da cultura negra, em especial no Sul do Brasil.

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BENGUELA

Tereza de Benguela ou Rainha Tereza como costumava ser chamada, viveu no século XVIII e foi uma mulher negra e líder quilombola do Quilombo do Piolho, também conhecido como Quilombo do Quariterê localizado em Guaporé, próximo à fronteira do estado do Mato Grosso com a Bolívia.

Ela liderou o Quilombo de Quariterê, após a morte de seu companheiro, José Piolho, morto por soldados. Segundo os registros históricos, ela comandou uma comunidade de três mil pessoas. Uniu negros, brancos e indígenas para defender o território onde viviam, resistindo bravamente à escravidão por mais de 20 anos.

Ela comandou a estrutura política, econômica e administrativa da comunidade. A Rainha Tereza criou uma espécie de parlamento e reforçou a defesa do Quilombo com armas adquiridas a partir de trocas ou deixadas após conflitos.

Rainha Tereza se configura como mais uma heroína negra e quilombola esquecida pela historiografia nacional e como forma de homenageá-la foi instituído por meio da Lei nº 12.987 de 25 de julho de 2014 o Dia Nacional da Tereza de Benguela e da Mulher Negra.

Tereza de Benguela é história viva, simbolizou liderança e luta.

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CARNEIRO

Da menina nascida no bairro da Lapa, zona oeste da capital paulista, à doutora em educação pela Universidade de São Paulo e um dos nomes que abriram os caminhos do feminismo negro brasileiro.

Aparecida Sueli Carneiro é uma filósofa, escritora e ativista antirracismo do movimento social negro brasileiro. Sueli Carneiro é fundadora e atual diretora do Geledés — Instituto da Mulher Negra e considerada uma das principais autoras do feminismo negro no Brasil, tendo mais de 150 artigos publicados em jornais, revistas e em 17 livros com relação aos temas, a autora é apontada como porta voz de uma geração.

Em 1983, quando o governo de São Paulo criou o Conselho Estadual da Condição Feminina, sem nenhuma mulher negra dentre as trinta e duas conselheiras, Sueli Carneiro se engajou na campanha da radialista Marta Arruda, tendo sido aberta uma vaga naquele conselho.

Em 1988 foi convidada a integrar o Conselho Nacional da Condição Feminina, em Brasília.

Fundadora do Geledés — Instituto da Mulher Negra, primeira organização negra e feminista independente de São Paulo e precursora de ações antirracistas em todo o país. Responsável pela elaboração e difusão de conceitos que ampliam o debate acadêmico acerca das relações raciais no Brasil, Sueli Carneiro extrapola e muito o campo teórico e idealizou projetos que ampliam acesso e trabalham pela redução das desigualdades.

Nesta sexta-feira, dia 18 de março de 2022, Sueli Carneiro recebeu o título de Doutora Honoris Causa pela UnB. É a primeira vez que a universidade concede a honraria para uma mulher negra intelectual.

Uma importante decisão não só para esta importante mulher, mas para todas nós mulheres e principalmente para nós mulheres negras pois nos dá visibilidade.

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COLLINS

Patricia Hill Collins, é uma renomada professora universitária de Sociologia da Universidade de Maryland, College Park. Ela também é a ex-chefe do Departamento de estudos afro-Americanos, e ex presidenta do Conselho da Associação Americana de Sociologia. Collins foi 100° presidenta da ASA, e a primeira mulher afro-americana a ocupar o cargo.

Collins também é conhecida por trabalhar, principalmente, sobre feminismo e gênero dentro da comunidade afro-americana.

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CRIOULA

Mariana Crioula foi uma costureira, quilombola e escrava/mucama (escrava de companhia) descrita como “preta de estimação”.

Mariana Crioula participou da fuga liderada pelo seu marido e também escravo Manoel Congo em 1838, fugindo mais de 300 escravos. Apesar da quantidade de fugitivos apenas 16 foram levados a julgamento, entre eles Mariana e seu marido.

A maior surpresa foi a absolvição de Mariana e todas as mulheres a pedido de sua proprietária, entretanto Mariana Crioula foi obrigada a assistir a execução pública de seu companheiro Manuel Congo.

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CRUZESOUSA

Nascido no dia 24 de novembro de 1861, na antiga Desterro, atual Florianópolis, em Santa Catarina, João da Cruz e Sousa foi um poeta brasileiro que teve grande importância no movimento Simbolista brasileiro.

Filho do mestre pedreiro Guilherme da Cruz e a lavadeira Carolina Eva da Conceição, escravos alforriados, foi apadrinhado ainda criança pelo senhor de escravos, recebendo, como afilhado, uma educação formal erudita, o que lhe possibilitou acesso ao melhor da literatura de sua época.

Talentoso, compôs seus primeiros versos aos sete anos e com oito declamava poesias em salões e teatrinhos. Com dez anos foi estudar no colégio Ateneu Provincial Catarinense, estabelecimento educacional de elite, onde se destacou em matemática e línguas estrangeiras, como francês, inglês, latim e grego.

A imensa bagagem cultural de Cruz e Sousa, não o privou de ser vítima de racismo, em um contexto altamente escravista. Alguns anos depois seus protetores faleceram, e Cruz e Sousa precisou abandonar os estudos. Então em 1877 passou a dar aulas particulares para se sustentar e publicava alguns versos em jornais locais.

Pouco tempo depois, engaja-se na campanha abolicionista e, na Bahia, é recepcionado por uma comissão: a convite de sociedades dedicadas à causa, o escritor profere um discurso, tendo sido transcrito em jornal local um poema seu em homenagem a Castro Alves.

Em 1885, Cruz e Sousa estreia na literatura com o livro de poemas em prosa: "Tropos e Fantasias", junto com Virgílio Várzea, onde já se nota algumas características marcantes do Simbolismo. No mesmo ano assumiu a direção do jornal "O Moleque", cujo título se deve à sua rebeldia contra o racismo, de que sempre foi alvo.

Cruz e Sousa chamava atenção pelos seus inflamados discursos a favor da abolição.

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DANDARA MANOELA

A estampa Dandara Manoela, é a única estampa que temos com o nome composto, e esse nome diferente das outras, veio de uma inspiração pessoal, conheci a Dands nos caminhos que a Zkaya me levou, e desses encontros nasceu uma amizade, e dessa amizade, parcerias. Ela não pensou duas vezes em me oferecer um lugar para dormir quando precisei, e não uma, mas diversas vezes.

No lançamento do seu primeiro CD Retrato Falado, eu disse que iria fazer uma estampa pra ela usar e foi assim que essa estampa nasceu. Me apaixonei pelo resultado da estampa, e não poderia deixar vocês sem essa beleza, e em homenagem a essa compositora que faz parte de quase todas as minhas manhãs ela recebeu seu nome.

Dandara Manoela é cantora e compositora. Sua pluralidade musical representa um símbolo de resistência das manifestações culturais afro-brasileiras e de afirmação da mulher negra e lésbica no campo artístico. Transitando pelo samba e pela MPB, a artista traz à tona lutas e afetos subjetivos que encontram espaço na multidão.

Se você nunca ouviu uma música dessa mulher, recomendo, certa que você não vai se arrepender.

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DAVIS

Angela Davis é uma professora, filósofa e ativista americana que atua na defesa dos direitos das mulheres e pelo fim da discriminação racial.

Nascida em Birmingham quando esta ainda era uma cidade segregada, Angela cresceu em um bairro marcado pela monstruosa tradição de se explodir casas de famílias e igrejas nos bairros negros – preferencialmente com as famílias ainda dentro dos locais.

Ativista do grupo Panteras Negras, um partido revolucionário que defendia a aplicação de políticas sociais para acabar com a desigualdade e a opressão da população negra, isso aconteceu na década de 70 e foi onde o trabalho da ativista se sobressaiu. Ângela foi presa por acusação de crime de conspiração e homicídio, mas foi considerada inocente. Apesar disso Ângela ainda luta pela liberdade da mulher e dos negros.

Uma das suas frases épicas e inspiradoras na luta contra o racismo ela diz: “Em uma sociedade racista, não é suficiente ser racista, é preciso ser antirracista."

Angela voltou recentemente ao centro das atenções da mídia americana após seu contundente discurso na Marcha das Mulheres, em Washington, D.C., nos EUA – no dia seguinte à posse de Donald Trump. Sua história de resistência e luta, no entanto, é em muito a história da mulher negra americana do século XX – e volta muitos anos atrás.

“Nós representamos as poderosas forças de mudança que estão determinadas a impedir que as moribundas culturas do racismo e do patriarcado heterossexual se ergam novamente”, ela disse, em seu recente e histórico discurso.

Angela Davis é símbolo de resistência e luta.

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DREW

Charles Richard Drew, foi um médico, cirurgião e pesquisador afro-americano.

Charles trabalhou em pesquisas na área de transfusões sanguíneas, desenvolvendo melhores técnicas de armazenamento de sangue, e aplicou seus conhecimentos especializados no desenvolvimento de grande escala de bancos de sangue no início da Segunda Guerra Mundial, o que permitiu que salvassem milhares de vidas. Ele também protestou contra a segregação racial na doação de sangue por doadores de diferentes raças.

Em 1943, obteve distinção na sua profissão quando se tornou o primeiro cirurgião afro-americano a servir como um examinador na Câmera Americana de Cirurgia.

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ÉVORA

Cesária Évora foi a cantora de maior reconhecimento internacional de toda a história da música popular cabo-verdiana.

Apesar de ser sucedida em diversos outros gêneros musicais, Cesária Évora foi maioritariamente relacionada com a morna (gênero musical e de dança de Cabo Verde), por isso apelidada de “rainha da morna”, e também era conhecida como a diva dos pés descalços.

Évora morreu no dia 17 de dezembro de 2011, com 70 anos. Um jornalista espanhol do jornal “Público” falou com ela 36 horas antes de sua morte, em sua casa, em Mindelo.

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FANON

Frantz Omar Fanon, também conhecido como Ibrahim Frantz Fanon, foi um psiquiatra e filósofo político natural das Antilhas francesas da colônia francesa da Martinica.

As suas obras tornaram-se influentes nos campos dos estudos pós-coloniais, da teoria crítica e do marxismo.

Além de intelectual, Fanon era um radical político, pan-africanista e humanista marxista preocupado com a psicopatologia da colonização e das consequências humanas, sociais e culturais de descolonização.

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FELIPA

Mulher, negra, uma trabalhadora marisqueira e capoeirista de primeira linha. Maria Felipa de Oliveira nasceu escrava, não se identificou o ano, mas depois foi liberta e colocou a liberdade como o valor maior dessa vida.

Trabalhou desde cedo coletando mariscos e preparando pães para vender em feiras locais e lojas próximas. Aprendeu a luta da capoeira para brincar e se defender, e queria um Brasil livre da dominação portuguesa, responsável pela escravização do povo africano, dos seus avós, de sua mãe, do seu pai.

Conhecida por ser uma mulher muito alta e de grande força física, Maria Felipa teria liderado um grupo de 200 pessoas, que usavam facas de cortar baleia, peixeiras, pedaços de pau e galhos com espinhos como armas. Um dos feitos do grupo foi ter queimado 40 embarcações portuguesas que estavam próximas à Ilha.

Esta ação foi decisiva para uma tranquila vitória sobre os portugueses em Salvador, permitindo que as tropas vindas do Recôncavo entrassem triunfalmente, sob os aplausos do povo, no dia 2 de julho de 1823.

Após a independência e expulsar as tropas portuguesas da ilha, Felipa continuou a exercer uma forte liderança sobre a população pobre da Ilha de Itaparica, além de incluir índios tupinambás e tapuias para o grupo. Falece no dia 4 de julho de 1873.

Maria Felipa, foi uma grande lutadora, declarada Heroína da Pátria Brasileira pela Lei Federal n° 13.697, no dia 26 de julho de 2018.

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GABA

Zacimba Gaba foi uma princesa da nação Cabinda, em Angola, que foi levada escravizada da África para o Brasil em 1690.

Zacimba sofreu uma série de castigos e violências por parte do dono da fazenda, envenenou-o com o chamado “pó de amansar senhô” e liderou a fuga e a fundação de um quilombo às margens do Riacho Doce.

Dedicou boa parte do seu tempo à construção de canoas e à organização de ataques noturnos no porto próximo à aldeia de São Mateus, libertando os negros recém-chegados.

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GAMA

Luiz Gama nasceu na Bahia livre, era filho de uma africana livre e de um fidalgo de origem portuguesa, cujo pai o nome ele nunca revelou. Aos 10 anos, seu pai o vendeu como escravo e foi para São Paulo.

No cativeiro, aprendeu a ler e escrever e reconquistou a sua liberdade após provar que havia nascido livre. Daí em diante, sua paixão pelas letras e seu espírito aguerrido não pararam de crescer.

Desde que se tornou alfabetizado, o ativista descobriu nas palavras uma paixão. Em 1859, o baiano lançou uma coletânea de poemas repletos de sátiras. Na obra Intitulada Primeiras Trovas Burlescas, o autor já iniciou sua carreira efetuando críticas sociais e políticas sobre a sociedade brasileira, falando do seu ponto de vista de homem negro e ex-escravo.

Gama foi um dos raros intelectuais negros na época do Brasil escravocrata, ao iniciar sua carreira como jornalista, ele dava mais um passo importante em sua história, que viria influenciar a vida de muitos outros.

O jornalista autodidata conhecia muito bem as leis, e aproveitou de seus conhecimentos para denunciar o sistema escravocrata brasileiro, retirando diversos escravos dessa condição. Essas atitudes fizeram com que o escritor se tornasse um dos maiores líderes abolicionistas do Brasil.

Mesmo depois de todo o sofrimento, preconceito e traumas vividos, Luiz conseguiu achar um motivo para continuar com seu propósito pela liberdade negra no país. O escritor tinha a convicção de que os negros deveriam ser livres, e para tal, ele não poupou esforços.

O legado de Luiz Gama foi imprescindível para a história da abolição escravocrata no país e jamais será esquecido.

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GONZALEZ

Nascida em Belo Horizonte no dia 1º de fevereiro de 1935, Lélia Gonzalez, intelectual e ativista negra, foi pioneira nas discussões sobre relação entre gênero e raça, ao propor uma visão afro-latino-americana do feminismo.

De origem pobre, trabalhou como babá ainda jovem. No Rio de Janeiro, graduou-se em História e Filosofia, passando a lecionar em escolas públicas e privadas. Logo após fez mestrado em Comunicação e doutorado em Antropologia Política, tornando-se professora e pesquisadora na Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro.

Foi uma das fundadoras do Movimento Negro Unificado contra Discriminação e o Racismo (MNUCDR), em 1978, atualmente Movimento Negro Unificado (MNU), principal organização na luta do povo negro no Brasil e, integrou a Assessoria Política do Instituto de Pesquisa das Culturas Negras.

Lélia também ajudou a fundar o Grupo Nzinga, um coletivo de mulheres negras e integrou o conselho consultivo da Diretoria do Departamento Feminino do Granes Quilombo.

Para além da academia, Lélia também teve importante atuação política. Nos anos 1980, foi indicada para o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM) e, em duas ocasiões — em 1982 e 1986 — foi candidata a deputada federal, conquistando a suplência em ambas as oportunidades.

Lélia Gonzalez deu importantes contribuições políticas e acadêmicas, tanto ao movimento negro em geral, como em sua vertente feminista.

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HOOKS

bell hooks teve uma construção de um legado que atravessará o tempo!

Escritora, teórica feminista, professora. hooks tratava em suas obras sobre questões raciais, de classe, gênero, contudo, não se limitava apenas à esses temas. Falava de cinema, de afeto e de música também.

Carregava em sua prosa uma sensibilidade e as dores de quem muito cedo encarou o mundo como ele realmente é: desigual.

Realizou em vida o sonho de ser ouvida, de ter suas mensagens compreendidas, ela escreveu mais de 40 livros publicados em 15 idiomas diferentes. Mas, cabe a nós semearmos suas palavras para o futuro.

Ela mostrou que o feminismo é para todos, que educação é transgressão, que o amor não é privilégio só de alguns. Uma parte dessa senhora de letras miúdas findou, mas a grandeza de bell hooks não cabe no tempo.É um orgulho para nós ter uma das nossas estampas batizada em sua homenagem.

Curiosidade: seu nome artístico, escrito inteiramente com letras minúsculas, era uma homenagem à bisavó.

A miudeza e a grandeza de bell hooks não cabem no tempo. Ainda bem.

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KING

Martin Luther King nasceu em 1929 no dia 15 de janeiro, em Atlanta, Georgia, nos Estados Unidos. Filho de pastor, seguiu o mesmo caminho que seu pai e avô, que também foi pastor da Igreja Batista.

Em 1948, formou-se em sociologia na Morehouse College e em 1951 no Seminário Teológico Crozer. Posteriormente, fez doutorado em Teologia Sistemática na Universidade de Boston, onde conheceu sua esposa, Coretta Scott King.

Em 1955, começou sua luta pelo reconhecimento dos direitos civis dos negros norte-americanos, com métodos pacíficos, sendo conhecido por táticas de não-violência e desobediência civil e pela sua maravilhosa oratória, ele baseava seu ativismo também em suas crenças cristãs.

Foi um dos líderes do boicote aos ônibus da cidade de Montgomery. O ato de protesto começou em função do caso Rosa Parks, mulher negra que foi presa ao negar-se a ceder seu lugar a um homem branco no ônibus.

Pouco a pouco, as pessoas negras passaram a caminhar quilômetros a caminho do trabalho, causando prejuízo às empresas de transporte. O protesto durou 382 dias, quando a Suprema Corte norte-americana aboliu a segregação racial nos ônibus de Montgomery.

Foi o primeiro movimento vitorioso do gênero registrado no solo americano. Entretanto, durante este tempo, King foi preso, sua casa bombardeada e sofreu diversos atentados.

No dia 28 de agosto de 1963, em frente a uma plateia de mais de 200.000 pessoas, na escadaria do Lincoln Memorial, King defendeu o fim da marginalização dos negros, a liberdade e a igualdade, e fez seu mais famoso discurso, com a frase que entraria para a história da oratória: “Eu tenho um sonho!” (I Have a Dream!)”.

No dia 4 de abril de 1968, Martin foi assassinado em Memphis, quando se preparava para mais uma marcha civil.

Martin Luther King foi um importante ativista que defendia a luta pacífica, baseada no amor ao próximo, como forma de construir um mundo melhor.

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LORDE

Audre Lorde foi uma escritora, poetisa, feminista, negra, lésbica, filha de imigrantes caribenhos que viviam nos Estados Unidos. Nasceu em 18 de fevereiro de 1934 no Harlem, em Nova Iorque.

Ainda criança começou a escrever seus primeiros poemas. Abriu mão do “y” de seu nome original Audrey, optando por Audre Lorde, conforme conta em sua “biomitografia” Zami (Zami: A New Spelling of My Name), um nome mais simétrico.

Em 1959 formou-se em Biblioteconomia pela Hunter College, e durante sua graduação trabalhou em diversas funções para se sustentar. Após a formação começou a trabalhar como bibliotecária, obteve um mestrado na mesma área e em 1966 virou bibliotecária-chefe em uma escola de Nova Iorque.

Tornou-se professora em 1969, ao passar a lecionar na Lehman College, e logo após, em 1970, foi professora de literatura na John Jay College. Em 1977 virou editora de poesia no jornal feminista Chrysalis. Um ano depois teve que realizar mastectomia como parte do tratamento, ao ser diagnosticada com câncer de mama.

Começou a destacar-se no espaço acadêmico e nos movimentos negro e feminista e a partir dos anos 1970. Ela era uma voz dissonante nesses grupos, pois não tinha medo de dizer aos oprimidos que eles também eram opressores.

Junto com Barbara Smith, fundou a editora Kitchen Table para difundir a produção de feministas negras, em 1980. Engajou-se na luta das mulheres sul-africanas contra o apartheid, criando em 1985 a rede de apoio “Sisterhood in Support of Sisters in South Africa” (Irmandade de apoio às irmãs na África do Sul).

Audre foi uma das primeiras feministas a apontar a necessidade de interseccionar a luta das mulheres, levando em consideração o racismo, a luta de classes e a questão de gênero ao tratar da opressão sofrida pelas mulheres.

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LUTHULI

Albert John Mvumbi Luthuli também conhecido como Zulu Mvumbi, nasceu em 1898 em Zimbábue- África do Sul.

Albert Luthuli foi um professor sul-americano, ativista, político e foi a primeira pessoa de herança africana a receber o Prêmio Nobel da Paz por seu papel na luta não violenta contra a apartheid. Luthuli foi também eleito presidente do Congresso Nacional Africano (ANC), onde acabou servindo até a sua morte em 1967.

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MAATHAI

Wangari Muta Maathai nasceu no dia 1 de abril de 1940 foi uma professora e ativista política do meio-ambiente do Quênia.

Wangari Maathai ficou conhecida no mundo pela sua luta de conservação das florestas e do meio ambiente. Ainda na década de 1970, ela fundou o movimento do Cinturão Verde Pan-africano (Pan-African Green Belt Network), no Quênia, uma iniciativa que plantou 30 milhões de árvores.

Fundou o Green Belt Movement, uma organização não governamental ambiental concentrado em plantação das árvores, conservação ambiental, e direitos das mulheres. Em 1986, ela foi premiada o Right Livelihood Award, e em 2004, se tornou a primeira mulher africana a receber o Prêmio Nobel por sua contribuição para o desenvolvimento sustentável, a democracia e a paz.

"Maathai manteve-se corajosamente contra o antigo regime opressivo no Quênia", segundo declaração do Comitê Nobel, ao anunciá-la como a vencedora do Nobel da Paz de 2004. "Suas formas de ação únicas contribuíram para chamar a atenção nacional e internacional para a opressão política. Ela serviu como uma inspiração para muitos na luta por direitos democráticos e tem especialmente encorajado as mulheres a melhorar sua situação."

Maathai foi eleita membro do Parlamento queniano e era ministra dos recursos ambientais e naturais no governo do Presidente Mwai Kibaki de 2003 – 2005. Além disso, era conselheira honorária do World Future Council.

Cinco anos após receber o Nobel, Wangari Maathai tornou-se Mensageira da Paz das Nações Unidas, a convite do secretário-geral, Ban Ki-moon.

Em 2011, Maathai morreu de câncer de ovário, mas sua história ainda inspira.

Maathai é história viva.

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MANDELA

Nelson Rolihlahla Mandela nasceu em Mvejo na União Sul-Africana no ano de 1918.

Depois de ter passado mais de 27 anos em prisões acusado de conspiração, Mandela se tornou um advogado, líder rebelde e presidente da África do Sul de 1994 a 1999, considerado como o mais importante líder da África Negra; vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 1993 e pai da moderna nação sul-africana.

Mandela morreu no ano de 2013, no dizer do Presidente da Assembleia Geral da Nações Unidas, “um dos maiores líderes morais e políticos de nosso tempo”.

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OTELO

Sebastião Bernardes de Souza Prata conhecido como Grande Otelo, foi um ator, comediante, cantor, produtor e compositor brasileiro.

Grande artista de cassinos cariocas e do chamado Teatro da revista, participou de diversos filmes brasileiros de sucesso, entre eles, as famosas cacheadas. Otelo é frequentemente citado como um dos mais importantes atores da história do Brasil.

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OWENS

James Cleveland Owens, conhecido como Jesse Owens, foi um atleta e líder civil norte-americano.

Ele participou nos Jogos Olímpicos de verão de 1936 em Berlim, em que ganhou quatro medalhas de ouro em quatro modalidades, sendo o primeiro atleta a vencer quatro ouros em uma Olimpíada.

James morreu em 31 de março de 1980 devido ao um câncer no pulmão, e foi imortalizado em 2012 no IAAF Hall of Fame.

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PALMARES

Dandara dos Palmares foi uma guerreira negra do Período Colonial do Brasil; foi esposa de Zumbi dos Palmares e com ele teve três filhos.

Descrita como uma heroína, Dandara dominava técnicas de capoeira e lutou ao lado de homens e mulheres nas muitas batalhas de ataques a Palmares.

Não se sabe se Dandara nasceu no Brasil ou no continente africano, mas teria se juntado ainda menina ao grupo de negros que desabaram o sistema colonial escravista por quase um século. Além de lutar, participava de atividades cotidianas em Palmares, como a caça e a agricultura.

Após ser presa, cometeu suicídio se jogando de uma pedreira ao abismo para não retornar a condição de escrava. Sua figura é envolta um grande mistério, pois quase não existem dados sobre sua vida e/ou atos.

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PARKS

Rosa Louise McCauley, cresceu em uma fazenda no Alabama, Sul dos Estados Unidos. Devido a problemas de saúde na família, foi obrigada a interromper os seus estudos e começou a trabalhar como costureira.

Rosa Parks - como era mais conhecida -, foi uma ativista negra norte-americana, símbolo dos movimentos dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. Parks ficou famosa por ter-se recusado frontalmente a ceder o seu lugar no ônibus a um branco, marcando assim o início de uma luta antissegregacionista.

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RAMOS

Luís Lázaro Sacramento de Araújo Ramos, é um ator, apresentador, dublador, cineasta, escritor e diretor, que iniciou a carreira artística no Bando de Teatro Olodum.

Ganhou notoriedade ao interpretar João Francisco dos Santos no filme Madame Satã. Lázaro também foi indicado ao Emmy em 2007 de melhor ator por sua interpretação na novela Cobras e Lagartos, como Foguinho.

Lázaro se destaca em todos os papeis que se envolve, se destacando atualmente como diretor do filme "Medida provisória".

Lázaro é gigante! É um representante das pessoas negras na TV, é através dele que muitas crianças, jovens e adultos veem que é possível alcançar outros lugares.

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SILÁ

De seu nome verdadeiro Ernestina Silá, Titina Silá foi uma combatente e formadora de milícias, que embora morrendo jovem, conseguiu fazer a diferença e cativar todos aqueles que a conheceram.

Aos 18 anos se juntou aos combatentes africanos, e se tornou pela sua inteligência e coragem, a ponta de lança do movimento que tinha como um dos organizadores Amílcar Cabral.

Por mais de uma vez ela saiu do país para se preparar para ajudar o seu povo na luta pela busca da dignidade humana e liberdade, ela sempre voltava.

Devido as suas capacidades de organização e liderança, se torna uma das figuras chaves da revolução guineense. Era ela quem dirigia a Norte o Comité da Milícia Popular e que tinha como missão organizar a passagem de pessoas e mercadorias nas cambanças do rio Cacheu, de vital importância para o abastecimento das tropas de resistência.

Em sua homenagem, e as outras mulheres que combateram pela independência do país, foi instituído no aniversário de sua morte, 30 de janeiro, o “Dia Nacional da Mulher Guineense”, um feriado não oficial na Guiné-Bissau. Nesta data, mesmo não sendo um dia oficial de descanso, qualquer mulher que não vá trabalhar não pode ser punida.

Titina Silá era uma lutadora incansável.

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SIMONE

Eunice Kathleen Waymon, conhecida pelo seu nome artístico Nina Simone, nasceu em 21 de fevereiro de 1933.

Nina era bastante conhecida nos meios musicais do jazz; seu nome artístico, Nina Simone, foi adotado para que pudesse cantar escondida do seus pais que não aceitavam sua opção de ser cantora.

Nina Simone foi uma pianista, cantora, compositora e ativista pelos direitos civis dos negros norte-americanos. Seu falecimento veio em 2003, após lutar muitos anos contra um câncer de mama.

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SIRLEAF

Ellen Johnson-Sirleaf foi a primeira mulher eleita chefe de estado de um país africano; ela estudou na Universidade de Harvard, e participou pela primeira vez no governo liberiano quando desempenhou o cargo de ministra de finanças.

Johnson Sirleaf, foi presidente da Libéria de 2006 até 2018. Foi vencedora das eleições presidenciais de 8 de novembro de 2005, em que derrotou o ex-futebolista George Weach. Foi reeleita em 2011 para um novo mandato, tendo recebido o Prêmio Nobel da Paz de 2011.

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SOARES

Elza Gomes da Conceição mais conhecida como Elza Soares é uma cantora e compositora brasileira.

Em 1999, foi eleita pela rádio BBC de Londres como a cantora brasileira do milênio. Além disso Soares aparece na lista das 100 maiores vozes da música brasileira elaborada pela revista Rolling Stone Brasil.

Elza Soares também teve uma história da vida muito difícil, além de sofrer abusos sexuais e agressões físicas por seu primeiro e segundo marido, perdeu 4 filhos, o que deixou ela muito mais abalada; “A única coisa do passado que ainda machuca é a perda dos meus 4 filhos. O resto tiro de letra. Mas filho é uma ferida aberta que não cicatriza. Estará sempre presente.”

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SOUZA

Dia 12 de maio de 2021, a atriz brasileira Ruth de Souza considerada a Primeira Dama Negra do teatro, do cinema e da televisão brasileira, completou seus 100 anos.

Pioneira no teatro, cinema e televisão, Ruth de Souza foi a primeira artista negra a conquistar projeção na dramaturgia brasileira.

Em sua longa trajetória, de repercussão internacional, contrariou as construções estereotipadas de personagens negros. Com consciência política, criou gestuais e universos próprios para as mulheres que representa.

Por estrear nos palcos menos de seis décadas após a abolição da escravatura, superou preconceitos e tornou-se figura importante na cultura popular, na representação e representatividade da mulher negra na dramaturgia do país.

Ruth de Souza contribuiu com a reconfiguração do imaginário cultural brasileiro em relação à população negra.

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SOWA

Nascida em 1957, Theo Sowa, é uma consultora independente que trabalha em uma ampla gama de questões de desenvolvimento social e tem falado publicamente sobre uma série de questões sociopolíticas.

Ela trabalhou com várias organizações, incluindo UNICEF, Fundação Stephen Lewis, União Africana, entre outras e é atualmente CEO do Fundo de Desenvolvimento da Mulher Africana.

Seu trabalho inclui trabalhar com Graça Machel em questões relativas à juventude, bem como contribuir e editar uma série de publicações. Em junho de 2010, Sowa foi condecorada com a Ordem do Império Britânico (CBE).

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TUBMAN

Harriet Tubman foi uma abolicionista e ativista americana.

Nascida em março de 1822, no início de sua vida já foi escravizada, porém Tubman escapou e, subsequentemente, fez 19 missões para resgatar cerca de 300 pessoas escravizadas, incluindo familiares e amigos, usando a rede de ativistas antiescravatura e abrigos.

Durante a Guerra Civil Americana, ela serviu como batedora armada e espiã para o exército da União. Em seus últimos anos, Tubman tornou-se uma ativista pela causa do sufrágio feminino.

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WINFREY

Oprah Winfrey, é uma apresentadora, jornalista, atriz, psicóloga, empresária, repórter, produtora, editora e escritora norte-americana vencedora de múltiplos prêmios Emmy por seu programa com maior audiência da história da televisão norte-americana.

De acordo com a revista Forbes, Winfrey foi eleita a mulher mais rica do ramo de entretenimento no mundo durante o século XX, uma das maiores filantropas de todos os tempos e a primeira mulher negra a ser incluída na lista de bilionários.

Oprah também é psicóloga e foi a apresentadora mais bem paga da história da televisão estadunidense, ganhando cerca de 50 milhões de dólares pó mês com todas as suas incumbências profissionais.

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XAVIER

Francisca Xavier Queiroz de Jesus, mais conhecida pelo seu nome artístico como Chica Xavier, foi uma produtora teatral e atriz de teatro, cinema e televisão brasileira.

Mesmo sendo mais conhecida pelo grande público por seus trabalhos nas telenovelas da TV Globo, onde eternizou personagens emblemáticas, atuou no teatro nacional por mais 60 anos destacando-se como grande personalidade de representatividade negra na arte do Brasil.

Chica Xavier morreu em 8 de agosto de 2020, em decorrência de um câncer de pulmão.

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ZEFERINA

Rainha, chefe, quilombola e guerreira. Foram esses os títulos que Zeferina, líder do Quilombo do Urubu, recebeu ao longo de sua vida.

Zeferina chegou ao Brasil na condição de escravizada, junto com a mãe. Ela chegou ao quilombo fugindo dos abusos e da violência de seus senhores, e foi acolhida por outro quilombo que residiam na região.

Utilizando apenas arco e flecha, Zeferina liderou a população local em um levante contra o ataque de tropas policiais. Ela foi a última a desistir, e ao final acabou sendo presa por vários soldados. Assim Zeferina nunca mais retornou ao quilombo de Urubu, e as condições de sua morte nunca foram devidamente esclarecidas nem a localização de seus restos mortais foram informados.

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